Querido John

Nicolas Sparks é um dos escritores mais lidos nos Estados Unidos, seus romances melosos estão na mesa de cabeceira de milhares de mulheres não só de lá, mas do mundo todo. Muitos de seus livros têm sido adaptados para o cinema. Entre os filmes inspirados nas obras de Sparks, o que mais gostei foi Diário de uma Paixão, fiquei chorando durante dias seguidos depois de assisti-lo e ainda me emociono quando está passando na TV. Entre eles, há também o romance Um Amor para Recordar, estrelado por Mandy Moore, muito apreciado especialmente pelo público jovem, muitas de minhas alunas adolescentes consideram esse o filme “mais lindo do mundo”, e é mesmo uma gracinha. Já Noites de Tormenta agrada um público mais maduro. Na realidade, existe um filme de Nicholas Sparks para cada tipo de mulher.

Nesta semana assisti Querido John, baseado na obra do autor. Outra vez, tive a oportunidade de ver Amanda Seyfried no papel principal e creio que gostei mais deste papel para ela, embora em algumas cenas achei que estava vendo a mesma personagem de Cartas para Julieta. Sobre o filme, que tem direção de Lasse Hallström, o que posso falar, é que ele segue bem o estilo do escritor. É bom, mas com certeza não chega aos pés dos primeiros filmes citados acima. É um pouco mais pueril que os outros.

Channing Tatum faz o papel de John Tyree, um soldado que está e licença e se apaixona antes de ter que voltar a servir. Quando volta ao trabalho, passa a manter um relacionamento por cartas com sua amada Savannah (Seyfried). Querido John apresenta algumas características dos filmes baseados nas obras de Sparks, além das cartas é claro, está também o fato de um personagem ser de nível social e/ou cultural diferente do outro e a forte interferência da família, seja ela positiva ou negativa. Neste, a relação pai e filho é explorada e é sem dúvida o ponto alto do filme, Richard Jenkins está ótimo no papel do pai e, se me emocionei em alguma parte, foi com ele. Acredito que no filme tudo funciona como deve ser, bem linearmente, deve ser por esse motivo que meu olhos não ficaram nem úmidos. O que faltou, em minha opinião, foi um pouco de emoção, tanto no retrato do amor dos dois protagonistas como na maneira como a guerra é mostrada.

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